A campanha salarial deste ano foi uma das mais difíceis. A conjuntura política e econômica do Brasil é complicada. País em crise, direitos sociais e trabalhistas sendo retirados, desemprego em alta. Mas, apesar das dificuldades, o Sindicarne conseguiu arrancar uma proposta favorável para os trabalhadores.
Foram diversas rodadas de negociações até que, na reunião ocorrida no dia 30 de julho, o Sincar-BA (Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia) ofereceu uma proposta que inclui reajuste salarial de 5,07%.
Vale lembrar que o reajuste só possível graças à mobilização dos trabalhadores e do Sindicato. Mas, esta não tem sido a realidade das outras categorias.
Segundo o boletim Salariômetro da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), pela primeira vez em 3 anos, os reajustes salariais perderam da inflação. Apenas 20,4% das negociações resultaram em aumentos reais. Prova de que os patrões têm endurecido.
Não é à toa que o Sindicarne encontrou dificuldades para negociar, sobretudo, diante dos ataques do governo aos direitos, que começaram com Michel Temer, que impôs a reforma trabalhista. Com Bolsonaro, a situação tem se agravado. Beneficiar o trabalhador é tudo o que o presidente não quer. Ele chegou a dizer que o brasileiro precisa escolher “se quer menos direito e emprego ou todos os direitos e desemprego”. Um verdadeiro absurdo.
