Exportadores de carne bovina tentam novos mercados
No dia 19, em Paris, a entidade promoverá, com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, um evento de divulgação da carne bovina halal. O Arab Day ocorrerá durante a Sial, uma das principais feiras de alimentos do mundo, e contará com churrasco para visitantes do Oriente Médio e do Norte da África.
Além da carne “commodity”, o País vem se especializando também na produção de carne gourmet halal, por intermédio da Associação Brasileira de Angus. Embora não disponha de números consolidados, o gerente do Programa Carne Angus, Fabio Medeiros, comenta que o principal importador da proteína mais valorizada é a Arábia Saudita.
Subsidiárias Com a crescente aceitação da carne voltada ao público muçulmano, a brasileira BRF aprovou recentemente a criação de uma subsidiária no Egito. “O halal é a categoria no setor de proteína animal que mais cresce no mundo”, disse na semana passada o CEO da BRF, Pedro Faria. A empresa também aprovou a criação, em junho, da subsidiária Sadia Halal, que já nasceu com um faturamento anual de US$ 2 bilhões. No Oriente Médio, a marca Sadia é líder de mercados halal, com 38% do market share na Arábia Saudita, 59% nos Emirados Árabes Unidos e 40% em Omã. A BRF, dona da marca, dispõe, no Brasil, de 20 unidades habilitadas a realizar o abate halal, de um total de 35.
Outra grande empresa exportadora de proteína animal do País, a Marfrig Global Foods, informa que as vendas externas de carne bovina para o Oriente Médio representaram 30% do total embarcado pela divisão Beef Brasil da companhia. Todas as unidades no País são habilitadas a produzir carne halal.
O frigorífico informou ainda que os principais destinos dos produtos halal são Egito, Irã, Arábia Saudita e Malásia – sendo este o principal país de religião muçulmana fora do Oriente Médio. “Recebemos também demandas da China e da Europa”, afirmou a empresa.